sábado, janeiro 23, 2021

Bilan de 2020

E aí chega, quase sem eu me dar conta, esse momento de conferir os livros lidos no ano que se encerrou. O ano passado foi bem frutífero: além se ser o primeiro em que realmente tive fluência de leitura e vocabulário suficientes para ler em alemão e começar a saciar uma curiosidade já bem longa, fiz também leituras obrigatórias para a prova de proficiência que presto agora em fevereiro (GDS, nível C2 do alemão). 

1/ 1o. de janeiro: Kleiner Wolf in weiter Welt, Rachel Bright und Jim Feld, aus dem Englischen von Pia Jüngert; Höher als die Wolken, Olivier Bleys und Arnaud Cremet, aus dem Französischen von Tobias Scheffel.

2/ 11.1: Just one %$#@ Speed Bump after another..., Dave Coverly.  

3/ 2.2: Eine Frau, eine Wohnung, ein Roman, Wilhelm Genazino;

4/ 13.2: Der Mann meines Bruders 1, Gengoro Tagame, aus dem Japanischen von Sakura Ilgert. 

5/ 20.2: The Steve Machine, a novel by Mike Hoolboom. Um livro curioso, a que fui levado por causa de um curta do autor. Tão simples quanto fascinante e comovente, 27 Thoughts about my Father (2018) foi, sem que eu soubesse, o prenúncio de dois tópicos que acabaram por se tornar muito recorrentes em 2020, a figura paterna e as consequências do Nazismo.

6/ 11.3: Batman - Little Gotham, Band 2, Dustin Nguyen & Derek Fridolfs; Übersetzung: Carolin Hidalgo.

7/ 5.4: Ich, Odin, und die wilden Wikinger, Frank Schwieger. Esse livrinho de literatura infantojuvenil eu li com acompanhamento do audiolivro, que é uma graça. Ele faz parte de uma coleção que também contem um Ich, Caesar e um Ich, Iuppiter.

8/ 3.5: Der Elefant, der das Glück vergaß, Ajahn Brahm, aus dem Englischen von Karin Weigart; Audiobook von Hanns Jörg Krumpholz. Essa foi minha introdução ao mundo dos audiolivros, coisa muito comum aqui no Zalemánia. Descobri o livro por acaso, passando por uma estante na biblioteca circulante (uma das Bücherhallen de Hamburgo) mais próxima de casa. Como ele se compõe de pequenas historietas/crônicas, achei que seria uma boa forma de me introduzir nesse mundo. E o foi. Desde então, me impressiono com a quantidade e qualidade desse mercado, de que ainda volto a falar nesta mesma postagem.

9/ 12.5: A God in the House -- Poets Talk about Faith, Ilya Kaminsky and Katherine Fowler (ed.). Este livro me tocou profundamente. Tudo dele me encanta: a história de um dos editores, Ilya Kaminsky, de quem ainda hei-de (sempre com hífen) ler pelo menos mais dois títulos; a ideia de pôr poetas das mais diversas concepções religiosas e espirituais para falarem sobre fé; a descoberta inebriante de poetas e poetisas maravilhosos (fiz, inclusive, uma postagem sobre alguns dos textos). Que experiência de vida. 

10/ 4.6: Batman - Knighfall - Der Sturz des Dunklen Ritters 1 & 2, Doug Moench & Jim Aparo (cujo nome sempre se faz seguir de um S2 no meu mundo) et alii; Übersetzung: Uwe Anton. Este título e o seguinte são, para mim, a representação concreta do poder da biblioteca circulante na minha vida. Eu dificilmente teria condições de tirar do meu parco orçamento atual a possibilidade de releitura do Aparo (yup...), mas ter esses volumes à disposição para empréstimo... que deleite.

11/ 17.6: Der Mann meines Bruders 2 & 3, Gengoro Tagame, aus dem Japanischen von Sakura Ilgert.

12/ 23.6: La lluvia amarilla, Julio Llamazares, livro que li para um círculo de leitura online do Cervantes. 2020 foi realmente um ano de experiências de leitura bem ímpares... 

13/ 29.6: Die Berlinreise, Hanns-Josef Ortheil (+ Hörbuch aos 26.7). Um dos meus favoritos do ano. Era um dos títulos do GDS para 2020, li como parte das tarefas do curso de preparação para a prova. Mas que surpresa! Não só o livro, em que um menino de treze anos conta dia a dia, em forma de diário contemplativo, as aventuras da sua viagem a Berlim com o pai (ainda antes da queda do Muro), mas também o autor, de cujos títulos eu mal consigo fazer uma escolha do que me interessaria ler.

14/ 13.7: Batman - Knighfall - Der Sturz des Dunklen Ritters 3, Doug Moench & Jim Aparo (S2) et alii; Übersetzung: Uwe Anton. Como disse WL (aka Wonderwoman), 2020 pediu muito Bátima mesmo...

15/ 16.7: Der Mann meines Bruders 4, Gengoro Tagame, aus dem Japanischen von Sakura Ilgert.    

16/ 24.7: Ich habe Wale gesehen, Javier de Isusi, Übersetzung Lea Hübner & Christoph Schuler. Peguei por causa das baleias do título, tinha nada a ver. Acabou sendo mais uma leitura (e  foram muitas nos últimos meses) sobre como ideias boas podem se tornar um inferno de armas e guerras e destroçamento de vidas. 

17/ 4.8: Das Buch des Vaters, Urs Widmer, o segundo livro do GDS para 2020. Ele também tem a figura do pai como motivo central, mas foi bem menos interessante. Divertido mesmo foi depois descobrir, lendo um artigo acadêmico viajadaço que tece paralelos de obras do autor com Homero e com algumas figuras da mitologia grega (Édipo e o escambau), que a figura paterna é um lugar-comum da obra de Widmer.

18/ 18.8: Habe ich dir eigentlich schon erzählt..., Sibylle Berg. O primeiro dos títulos do GDS para 2021. A descoberta daqui foi a autora, suas colunas de jornal (que me impressionaram pouco, assim como o livro), um podcast que ela tem com um moço (me divertiu bastante nas duas ou três emissões que escutei) e (a melhor) a descrição dela feita por uma acadêmica num artigo bacaninha sobre as obras infantis da Sibylle Berg (até uma renarração de um conto bíblico ela já fez...).

19/ 28.8: Flames, Robbie Arnott.

20/ 29.8: Second Coming, Mark Russell, Richard Pace et alii.

21/ 31.8: Batman Europa, Brian Azzarello et alii; Übersetzung Alexander Rösch.

22/ 28.9: Lieber Daniel - Briefe an meinen Sohn, Sergio Bambaren, gelesen von Thomas Darchinger (übersetzt von Gaby Wurster).

23/ 9/11: Annette, ein Heldinnenepos, Anne Weber. Fruto da descoberta de um concurso grande que escolhe "o melhor romance de língua alemã do ano", esse livro (que virou audiolivro também não muito mais que um mês depois de ganhar o prêmio) me levou a Anne (autora), a Annette (a heroína da epopeia) e a um  monte de leituras e vídeos de entrevistas e documentários. O livro foi lançado paralelamente em alemão e em francês, e eu talvez um dia leia a autobiografia de Annette Beaumanoir.

24/ 19.11 (e o audiolivro agora na quinta, 21.1): Der alte König in seinem Exil, Arno Geiger. O segundo livro da lista (de dois) do GDS para 2021. Esse é o que venho lendo e relendo, com o qual venho me preparando para a prova de fevereiro. Uma narrativa anedótica dos últimos anos de vida do pai do autor. O livro gira em torno do cotidiano com Alzheimer. 

25/ 23.11: Le Papillon et la lumière, Patrick Chamoiseau.

26/ 20.12: Triceratops, Stephan Roiss. Muito bom. Este foi um dos nomeados para o tal prêmio que mencionei com o 23/.

27/ 24.12: An Tagen wie diesen... Mit 24 Songs durch den Advent, Manfred Müller.