terça-feira, fevereiro 10, 2009

Quanto desamor...


Daí eu escolho o caminho mais fácil para chegar à estação, crente, crente que tou arrasando na minha escolha. Acho um saco quando tenho que ir a Santo Amaro, menos a viagem, mais a chegada e a estada. Lugarzinho fétido e sujo. Me incomoda nas ruas o tanto de coisas no chão, visão do que me enoja no Rio de Janeiro, do que me passa despercebido em Porto Alegre.

Então eu vou beirando a cerquinha do Eldorado. Quando chego ao portãozinho de saída, um moço com cara de "estou aqui há horas, por isso a minha salivinha está esponjando no canto da boca" vira para mim e me pergunta:

"O que você faz pelo meio ambiente?"

Oh good grief... Faz algum tempo que eu calculo os meus passos na frente do bandejão central para fugir do povo das fichinhas da Renner e outros casuais que nos abordam. Gente, que é esse negócio de "preenche a fichinha... só pra me ajudar..." que virou moda agora? PelamordeDeus! Bem, não deixa de ser engraçada a minha visão panorâmica entrando em ação e pondo a mim e ao RHT nos movimentos mais inusitados de quadris e pernas para escapar aos transeuntes assediadores, que estão sempre de fichinhas em punho.

Mas ontem eu não consegui escapar dos environment freaks. Eles estavam em filinhas polonesas paralelas, não havia escapatória possível. Com o passo apressado, eu viro a cabeça para trás e respondo:

"Absolutamente nada."

Até eu fiquei chocado. Deus meu, que grosseria com o pobre moço da babinha esponjante. E que mentira. Eu faço muitíssimo pelo meio ambiente: a quase totalidade do meu dia eu me devoto a manter a minha sanidade mental.