Correntes
literárias na pandemia, leituras de minha própria escolha, email de ex-aluna,
leitura obrigatória de trabalho, leitura obrigatória de curso que estou
fazendo, leitura de curiosidade criada por outra leitura feita: de modos muito
diversos, meu “isolamento” tem sido povoado de Literatura por todos os lados.
Uma amiga perguntou se eu havia lido certo autor, e eu não tenho memória de
tê-lo feito, apesar de haver uma curta citação sua numa postagem minha de oito
anos atrás. Procurei nas minhas listas de leituras, nada. E daí me dei conta de
que não preparei as listas nos últimos três anos. Como essa é uma prática que
me é muito cara, mantive em mente que precisava atualizá-las. Hoje vi o porquê do
atraso: Parei na de 2016, e a de 2017 é minúscula. Acho que fiquei tão frustrado,
no começo de 2018, ao ver o pouco que tinha lido em 2016, que nem quis
publicar. Mas aqui vai a atualização.
2016
1)
Algo da coleção MSP que faço para minha afilhada, mas eu nem sequer me
dei ao trabalho de anotar quais títulos. Plófti.
2)
Para ler romances como um especialista, Thomas C. Foster, tradução de
Maria José Silveira, terminado em 7 de abril.
3)
Jem & the Holograms, a graphic novel, volumes 1 & 2.
4)
A Commentary on Silius Italicus Book 1, D. C. Feeney.
5)
Silius
Italicus, Punica 2,
N. W. Bernstein.
6) Batman 66’, mas só
Deus sabe que volumes, porque eu também não me dei ao trabalho de anotar.
2018
She’s
not there, Jenny Boylan
2019
1) 25/1 – Love, Hanne Ørstravik,
translated by Martin Aitken;
2)
19/2 – The Iliad, Homer, translated by Robert Fagles (em áudio, pela
magnífica e plural apresentação do Almeida Theatre em 2015, disponível online);
3)
16/3 – Pequenas Epifanias, Caio Fernando Abreu;
4)
15/4 – Kindred, Octavia E. Butler;
5) 2/6 – L’empreinte à Crusoé, Patrick Chamoiseau
(sempre! e desta vez, não diferente de algumas outras, ele conseguiu me levar
aos soluços);
6) 17/6 – The Song of Achilles,
Madeleine Miller;
7) 25/6 – Narrators and focalizers:
The Presentation of the Story in the Iliad, Irene J. F. de Jong;
8) 30/6 – La femme aux pieds nus,
Scholastique Mukasonga;
9) 28/7 – Moonwalking with Einstein –
The Art and Science of Remembering Everything, Joshua Foer;
10)
18/8 – A Sibila, Augustina Bessa-Luís;
11)
24/8 – Sague Negro, Noémia de Sousa;
12)
28/8 – Mônica — Tesouros, Bianca Pinheiro (MSP);
13)
2/9 – Norse Mythology, Neil Gaiman;
14) 30/10 – Yggdrasil, der Weltenbaum,
Christin Kühl (Hrsg.)... meu
primeiro livro em alemão (e achei, no geral, uma porcaria... são contos vários
de autores diferentes, com maior ou menor relação com a mitologia nórdica)
15) 4/11 – Siddharta, Hermann
Hesse, translated by Hilda Rosner;
16)
1/12 – Leyendas de Guatemala, Miguel Ángel Asturias;
17) 11/12 – Batman: Hush, Joseph
Loeb, Jim Lee & Scott Williams.
Bem, 2017 foi o ano de
preparação para minha saída para o Doutorado; burocracia e estresse foram as
palavras-chave do ano inteiro, não me impressiona que tenha lido tão pouco,
retrospectivamente, mas me assusta que tenha conseguido ler dois livros
acadêmicos densos no meio de tanta guerra. 2018 foi um ano ainda mais
estressante, com todas as mudanças e adaptação à nova realidade de vida na
universidade e no cotidiano... um livro foi até muito... mas pode ser que eu
simplesmente não tenha levado a lista a cabo como costumo fazer. Em 2019, eu me
propus ler um livro em inglês mês sim, mês não, para me pôr de volta em contato
intensivo com a língua em que escrevo a Tese. Descobri coisas maravilhosas, como
a apresentação 2), a inventividade de 6) e a qualidade do trabalho de 7), mas
nada me tocou tanto quanto a releitura de Robinson Crusoé feita pelo gênio do
Chamoiseau. Este ano estou no projeto “um livro em alemão mês sim, mês não” e
acabo de começar Die Berlinreise de Hanns-Josef Ortheil.